quinta-feira, 26 de abril de 2012

Passat CC: de tiozinho ele não tem nada


Em 2010, a Volkswagen trouxe ao Salão do Automóvel de São Paulo o Passat CC R-Line. Em 2011, o carro começou a ser vendido por R$ 189.130, R$ 8.245 mais caro do que a versão “normal”. Hoje, com os problemas relativos a alta do IPI, o cupê quatro portas parte de R$ 208.024 e na versão com o kit esportivo, que é vendida separadamente por R$ 9.480, custa R$ 217.504.


Essa (boa) diferença de preços entre as variantes tem uma explicação: o pacote R-Line tem mimos que trazem a tona uma esportividade necessária e totalmente plausível para o Passat CC. Afinal de contas, vamos abordar aqui um misto de esportivo com executivo.


Porém, um aviso é válido para quem pensa em comprar o Passat CC: ele já não é mais o mesmo. Pois é, o carro mudou. E, infelizmente, as coisas estão atrasadas aqui no Brasil. Nem mesmo o próprio nome foi mantido lá fora. O modelo conseguiu uma alforria da linha Passat e agora se chama apenas CC.


Além do novo registro, o CC passou a contar com um conjunto óptico renovado equipado com LEDs e a lanterna ganhou um novo visual, perdendo os conhecidos detalhes ovais, herança da última linha visual da Volkswagen. Outras mudanças também são destacadas na versão europeia do sedã, como a nova grade dianteira cromada e os vincos laterais.

Um tio moderninho

Certamente você já ouviu a frase: “este é um carro de tio”, usada para descrever modelos menos joviais, com visual pouco emocionante e interiores que proporcionariam ótimas horas de sono. Bom, de “tio” o Passat CC não tem nada.

Na realidade, ele é um carro tão bem acertado que é capaz de se passar por um esportivo na estrada e um ótimo sedã para a cidade. Isso tudo por um preço muito mais em conta do que outros alemães da praça – se é que podemos falar de custo-benefício neste segmento.

Levando em consideração os três volumes de entrada da BMW, Audi e Mercedes-Benz, o Passat CC sai na frente. Se você busca a esportividade do Série 3 320i (113.530), o Volkswagen ganha com o motor 3.6 V6. Se for pela dirigibilidade e tecnologia do Audi A4 (R$ 134.900), tudo o que tem em um, tem no outro (até porque, a família é a mesma), e se você optar pelo Classe C 180 (R$ 123.900) visando o conforto, o Passat tem espaço de sobra e um porta malas de 452 litros. Portanto, basta até onde o símbolo da grade dianteira faz tanta diferença na hora da compra.

Emoção controlada

O comportamento muito correto do sedã cupê da Volkswagen pode ser explicado pela ótima parceria entre o motor 3.6 V6 e o câmbio DSG de dupla embreagem e 7 marchas que juntos produzem 300 cv e 35,6 kgfm de torque. Com eles, chegar aos 100 km/h em 5,6 segundos fica fácil e não se precisa de muito tempo para alcançar os 250 km/h de velocidade máxima prometidos pela marca alemã. Fora o volante esportivo exclusivo da linha R-Line e as borboletas para troca de marcha atrás do volante, que aumentam a esportividade ao dirigir.

O trabalho da suspensão também tem um peso essencial sobre o conforto a bordo do sedã. Enquanto a estabilidade e o baixo ruído são destaques durante os percursos fora da cidade, nas ruas mais esburacadas o Passat CC também consegue ostentar uma firmeza moderada, mesmo com as grandes rodas de 18 polegadas.

Outro detalhe que – quando utilizado no momento certo – faz uma boa diferença nas estradas é a tecnologia ACC, que freia o carro de acordo com a distância do veículo da frente. Juntando tudo isso é só ajustar a velocidade desejada no piloto automático e pronto.

Para a segurança, a Volkswagen oferece freios ABS com ESP, seis airbags, apoio de braço para os ocupantes dos bancos dianteiros, entre outros itens de série. O ar-condicionado com duas zonas de temperatura é digital e o ótimo sistema de som vem com entrada para MP3 e Bluetooth. O Passat CC conta também com o Park Assist, um sistema capaz de manobrar o carro sozinho em vagas de rua ou shopping.

O pacote do representante da Volkswagen é ótimo, sem dúvida. E como foi dito anteriormente, o Passat CC conta com um conjunto muito melhor do que todos os concorrentes alemães da fabricante. O único problema, porém, é que ele já está ultrapassado no Brasil e não há informações sobre quando o CC desembarca por aqui, nem quanto custará.
Fonte: iGCarros

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