Os brasileiros, definitivamente, gostam de carros personalizados ao gosto off-road. A linha Adventure da Fiat é a maior prova disso, tanto que vem emplacando diversos modelos desde 1999. O primeiro dessa família foi o Palio Weekend. O sucesso da marca de Betim (MG) foi notório, tanto que acabou inspirando suas concorrentes a também lançarem automóveis “fantasiados” de aventureiros. A resposta da Volkswagen no segmento é a série especial Gol Rallye.
Carros desse tipo sempre são um atrativo, pois além do visual diferente também vêm equipados de série com itens extras. No caso do Gol, a versão Rallye já recebe na fábrica faróis de neblina, sensor de estacionamento e rodas de liga leve aro 15” com pneus de uso misto. Até pela postura mais esportiva, a VW decidiu oferecer o carro somente com motor 1.6 8V flex, que rende no máximo 104 cv a 5.250 rpm e 15,6 kgfm de torque a partir de 2.500 rpm.
A Volks também vende o Gol Rallye com câmbio manual de 5 marchas ou então na opção I-Motion, com transmissão automatizada também com 5 velocidades. A primeira opção do modelo custa R$ 41.260, enquanto a versão sem pedal de embreagem parte de R$ 43.960. O nível de acabamento do modelo, fora os elementos exclusivos da série, é igual ao da gama Power, que traz itens como direção hidráulica e desembaçador do vidro traseiro.
Por que ele é especial?
Apesar de não ser uma série com tiragem limitada, o Gol Rallye assume uma postura de um carro com uma certa dose de exclusividade. As laterais do modelo são decoradas com faixas adesivas com a grafia Rallye e o para-choque frontal tem desenho parecido com o do CrossFox, com o nome da versão estampada na parte plástica com textura prateada. Outros detalhes são as molduras nas caixas de rodas, que dão ao carro um porte mais “parrudo”.
Além dos itens de série já citados acima, a versão especial do Gol traz ainda repetidores de seta nos retrovisores externos, antena no teto e decoração diferenciada para a cabine, que possui bancos com tecido próprio com inscrições da série e forros especiais nas portas. O porta-malas ainda vem com uma rede para carregar pequenos itens soltos com mais segurança, que pode ser retirada.
A versão Rallye também dispõe de cores exclusivas. Compõem o leque as opções metálicas (custam mais R$ 1.030) Cinza e Prata e os tons sólidos Branco, Preto e Vermelho. A pintura amarela, como a do modelo fotografado pelo iG Carro, é apenas para divulgação do carro.
O calcanhar de Aquiles do Gol Rallye são seus (caros) itens opcionais. Apesar do caráter especial, o modelo não traz equipamentos importantes como airbags, freios ABS, ar-condicionado e tampouco rádio. Com todos esses elementos incorporados o preço do carro pode subir mais de R$ 6.500. Já a grafia “Rallye” deriva do francês. O sobrenome “Rally”, como a palavra é normalmente escrita, não foi usado por já ter sido associado a carros da Fiat (com o 147 no passado) e a Peugeot (com o 206) no Brasil.
Rali de mentirinha
O Gol Rallye é um Gol 1.6 normal. Não anda mais, nem menos. Mas há uma sutil diferença na suspensão. Segundo a VW, o conjunto ficou ligeiramente mais rígido e ganhou mais 20 mm de altura em relação ao solo. No entanto, é difícil notar alguma mudança no estilo de condução do carro ou suas reações às imperfeições do solo. Por outro lado, visualmente o carro ficou mais alto que as demais opções do compacto.
O conjunto mecânico do Gol Rallye dispensa apresentação. Apesar da concepção antiga, com apenas 8 válvulas e comando fixo, o bloco rende bons 104 cv e funciona de forma equilibrada com nível de ruído razoável. Já o câmbio manual tem o típico ajuste da VW, com bons engates e marchas curtas, ao passo que a versão I-Motion requer algum costume com os trancos, que são minimizados se o motorista aliviar o pé do acelerador entre as mudanças.
Vale a pena?
Não compre o Gol Rallye pensando que ele é um carro esportivo, que pode saltar e derrapar como os verdadeiros bólidos do Campeonato Mundial de Rali. Esse é um carro que marca presença nas ruas e chama atenção por onde passa. O quanto só depende da cor. Além disso, versões especiais de um determinado automóvel tendem a ter preços melhores de revenda, pelo fator exclusividade. Mas, por mais de R$ 40.000, bem que ele podia vir mais equipado
Fonte: iGCarros
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